Mundo Cão
sexta-feira, 24 de abril de 2015
VOLTEIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!
Abandonei o blog por um tempo..
Fiz várias coisas...
Inclusive abri uma Clínica Veterinária Assistencial em Curitiba, prá ajudar as protetoras, prá promover o que eu acho que é a principal solução para o abandono dos animais: a castração!
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Eventos de adoção Amigo Bicho da Rede de Proteção Animal de Curitiba.
Iniciaram
em março de 2011, as primeiras 6 edições eram eventos de chipagem dos animais feitas em alguns bairros de Curitiba. A sétima edição aconteceu no Parque
Barigui em maio de 2012 quando além da microchipagem a adoção de animais foi
inserida, mas somente para ONGs – Amigo Animal, SPAC, AVAN e Probem.
E
neste mês de maio mesmo em uma reunião do COMUPA – Conselho Municipal de
Proteção Animal, eu Yanê revindiquei a participação das protetoras, aquele
tempo os participantes do Conselho nem sabiam direito o que era uma protetora,
(já que só duas participavam das reuniões!!! E nós mesmas conhecíamos pouco
mais de 50, foi antes do BUM de protetoras)
E em setembro de 2012 tinhamos o primeiro
evento de adoção com a participação de ONGs e protetoras. Mas como no ano
passado os eventos não eram mensais, tivemos só mais um em dezembro. No primeiro
evento a organização das protetoras foi minha porque tinhamos poucas protetoras e a proposta
era minha, mas no segundo evento outra protetora também ganhou vagas para distribuir
entre suas colegas.
Em
2013 tivemos um hiato devido a troca de diretor da Rede de Proteção Animal
(assim como o prefeito de Curitiba) e em abril eu pedi a volta dos eventos de
adoção. O primeiro do ano aconteceu em maio, e devido a insistente pedido meu
de que o evento fosse mensal, tamanha sua importância, e porque neste interim o
número de protetoras havia aumentado muito e com isto o numero de cães para adoção!
O diretor da Rede, Alexander Biondo concordou.
O
evento mensal além de auxiliar na adoção dos animais é um meio de educar a
população para a existência dos animais abandonados e com isto a Guarda
Responsável, pois o curitibano vai paulatinamente conhecendo e divulgando o
tema! Não conheço outra cidade que tenha evento deste porte promovido pela
prefeitura ( se alguém conhecer por favor me avisa!!)
Como
as vagas para o evento são distribuídas??
ONGs
tem vaga garantida, podendo levar 10 animais cada, porque? porque abrigam
centenas e animais!! Mas não podemos colocar somente animais de ONGs, porque?? Porque
ONGs quer queira ou não, já possuem uma estrutura para abrigar muitos cães e
temos casos de protetoras com 30, 60, 80 animais, sofrendo para sustenta-los!
Então
abrimos vagas para 20 protetoras, com 3 animais adultos ou 5 filhotes, porque
só 20?? Porque nossa taxa de adoção esta
se mantendo na média de 36 animais por evento! Então não adianta colocar 200
animais para adoção! Serão os mesmos 36 adotados e mais o stress de tantos
animais e pessoas para nada! Entenderam
que o que nos limita é o numero de adotantes??
Alem
do mais, temos nas duas grandes barracas, alugadas (e o aluguel não é barato) limite de espaço! nestas barracas o espaço para os cercados, pessoas e corredores de circulação foi calculado para que o evento seja confortável!
Tanto para cães, como para seus cuidadores e adotantes ! Por isto cada
protetora pode levar no máximo 2 cercados!!
Como
é feita a inscrição para as vagas?? Por EMAIL, (amigobicho@curitiba.org.br) por ordem de chegada dos emails!!!
Dia e hora! Quando são preenchidas as vagas é aberta uma lista de espera, pois
as vezes as pessoas desistem, por isto temos um prazo de confirmação da vaga! As
remanescentes da lista de espera serão as primeiras da lista do próximo evento,
caso confirmem o interesse na vaga!
Temos
um dia para abrir a inscrição e um dia para fechar ( divulgados no site e facebook da Rede de Proteção Animal de Curitiba)! Porque? Porque tinha gente
que mal chegava em casa depois do evento e já pedia vaga para o próximo!!!
E
porque temos dia para fechar? Porque senão teremos uma lista de espera de 60
pessoas! Ok isto garantiria a rotatividade das vagas MAS, existem outros
eventos os animais das pessoas da lista de espera podem ser doados nestes outros
eventos! O que nos obrigaria a abrir vagas novamente!
Aproveitando:
animais participantes devem estar castrados se adultos, e os filhotes com as vacinas
em dia!!!! Animais saudáveis né !! não adianta levar um bicho só pele e osso
que ninguém vai querer adotar! (e os veterinários vão dizer para você levar de voltapara
casa!)
Ah! por
último e bem importante! Eu só ajudo na organização do evento! não dou vaga pra ninguém, acho que ficou claro que o
processo é isento de preferências! Então não adianta bajular, chorar, me ameaçar,
dizer que é amiga do prefeito, nem dar piti e chamar a imprenssa!
Alguma
dúvida ou fui suficientemente clara??
Ah! Todos os
email são guardados como prova!
E por
favor se alguém tiver alguma idéia para melhorar o evento, as inscrições etc, fique
a vontade para me procurar (educadamente!)
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Vídeo mais do que educativo...
Veja este vídeo..
VOCÊ escolhe o fim desta estória: o que VOCÊ faria?? deixaria ela morrer ou a salvaria?
sexta-feira, 26 de julho de 2013
Você abandonaria seu filho?
É o mesmo crime, é a mesma dor...
sexta-feira, 5 de julho de 2013
O Encantador, o Lobo Alfa e a Vovozinha.
Ou de como
enganar a muitos por muito tempo mesmo sabendo muito pouco!
Cláudio |
*Este esclarecedor texto é do meu amigo Cláudio Pinheiro Junior - adestrador e estudioso do comportamento de cães (e pai de um dos menininhos mais lindinhos que já vi! o Tum!!) lá de Porto Alegre.
Como
adestrador profissional de cães e estudioso do comportamento animal, muitas
vezes me deparo com cães em situação de agressão frente a seus proprietários. E
não raro o diagnóstico da situação já vem pronto: problema de dominância, falta
de reconhecimento do líder, complexo de cão alfa (pasmem). E como já tem o
diagnóstico tem também o remédio: a saída é mostrar ao cão quem manda. Mas como
não sabem se comunicar de maneira que o cão lhes entenda, metem-lhe logo um
colar enforcador no pescoço e o esgoelam até quase a asfixia. Não raro enquanto
esgoelam gritam em língua portuguesa: o líder sou eu! Pausadamente, para o cão
não ter dúvidas. Ou então aplicam beliscões nos flancos enquanto emitem um som
parecido ao sibilar de uma cascavel do deserto. Invariavelmente estas pessoas
são expectadoras do programa O Encantador de Cães que passa em alguns canais da
TV paga e muito mal, no meu entendimento, causa à relação entre os animais
humanos e caninos.
Muito
pouco ou nada adianta tentar explicar que não é necessária a lesão física para
ensinar a um cão o comportamento desejado. Vivemos uma cultura de violência e a
agressão é parte de nossas relações interpessoais e interespecíficas. Parece
normal “castigar” um cão se ele se comporta de maneira que julgamos inadequada
ou então se ele nos “desobedece”.
O
Líder Alfa
Alguns
conceitos da ciência do comportamento se popularizaram de tal maneira que é
comum ouvirmos de leigos expressões como líder, alfa, e dominância. Toda a
popularização do conhecimento deve ser bem vista, exceto quando os conceitos
entram na cultura popular defasados e distorcidos. O conceito de cão
alfa/dominância, tal como se popularizou, nasceu de estudos de curto prazo
realizados com alcateias de lobos na década de 1940. Na época foi uma grande conquista
da ciência, já que os animais estudados estavam o mais próximo possível de seu
habitat natural. No entanto, nestes 70 anos que se passaram a ciência não ficou
estática e novos estudos produziram novos conhecimentos. Os principais
problemas deste conceito alfa/dominância são:
1. Foram
realizados com poucos indivíduos e durante um período curto de tempo. Assim os
pesquisadores se concentraram em facetas mais evidentes do comportamento, como
a caça. Não é uma amostragem aceitável estatisticamente, já que representa
pouco tempo na vida de poucos exemplares de lobos.
2. Os
comportamentos ritualísticos foram, infelizmente, mal interpretados pelos
pesquisadores. A manobra conhecida como Alpha Roll, que faz o cão deitar-se
expondo sua barriga e genitália foi entendida como uma mostra de força do cão
hierarquicamente superior sobre o inferior. Esta posição é muito mais uma
atitude de apaziguamento, tomada pelo cão inferior.
3. Cães
descendem dos lobos, mas são cães e não lobos. Milhares de anos de domesticação
e convívio com o ser humano definiram importantes mudanças comportamentais
entre as espécies. Estudar os lobos para entender os cães é quase tão inócuo
quanto estudar os filhotes de primatas superiores para entender os
comportamentos da juventude rebelde. Entre a Chita e a Jane há uma história
evolucionária distinta e complexa. Tarzan que o diga, já que muito sofreu para
conciliar os desejos de suas companheiras na casinha da árvore. Vamos encontrar
uma base comum, mas as distintas espécies tem distintos comportamentos frente a
distintas situações.
O
apresentador de O Encantador de Cães (Dog Whisperer) utiliza-se muito da
técnica do Alpha Roll em seus programas. Na verdade esta técnica foi
apresentada em 1976 no livro How to be your dog's best friend editado pelos
monges de New Skete, uma comunidade religiosa ortodoxa oriental do norte do
estado de Nova Iorque. César Millán bebeu água desta vertente, mas esqueceu-se
de ler a atualização publicada em 2002 (e lá se vão mais de 10 anos) na qual o
monge Job Michael Evans se retrata:
"Já
não recomendamos esta técnica e veementemente desencorajamos que os nossos
clientes e seguidores a usem... É potencialmente perigoso e pode levar a que o
dono do cão leve uma mordida na cara (ou pior)...”.
Submeter
forçadamente um cão a ficar deitado de lado nada tem a ver com o comportamento
natural de submissão/apaziguamento de expor a barriga e genitais. Como já
vimos, o comportamento natural é voluntário e oferecido pelo lobo/cão que
deseja encerrar a disputa demonstrando submissão. Forçar o cão a ficar deitado
de lado pode ser interpretado como uma agressão e um revide do cão seria
totalmente lícito.
Em vários
programas da série assisti ao sangue vertendo das mãos e braços d’O Encantador.
E o sangue é apresentado como um troféu de guerra, um triunfo, uma coragem
especial. Todas as vezes que vi jorrar sangue em frente às câmeras a rusga foi
com cães de pequeno porte, com baixo poder ofensivo. Fico imaginando a mesma
situação com um cão de grande porte. Por certo César estaria com um braço
pendurado e o eterno sorriso amarelo disfarçando a dor. Eu, particularmente,
entendo que quando nos lesionamos houve um acidente de trabalho. E se eu não
consigo me comunicar com o cão de maneira que não haja riscos à integridade
física minha e dele, algo está errado com a minha técnica.
Em trecho
mais adiante o monge-treinador adverte, fazendo seu mea culpa:
"Cuidado!
- donos de cães que tentam dominar o seu cão verbal ou fisicamente acabam com
cães medrosos e neuróticos".
E aqui
reside outra crítica ao “método” César Millán. Um cão, mesmo sem sofrer uma
grande lesão física, pode desenvolver um trauma para toda a vida. E o trauma
acaba se transformando em um problema comportamental. Achar que um cão que tem
medo compulsivo vai superar suas fobias se o expusermos radicalmente ao
desencadeante é o mesmo que acharmos que vamos curar alguém que sofre de
síndrome do pânico amarrando-o a um poste em um cruzamento movimentado.
Popularmente diríamos “pior a emenda que o soneto”.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Você faz questão de um cão de raça? Pense duas vezes
Remexendo meus textos guardados deparei com este do Sérgio
Greif -Biólogo, Mestre em Alimentos e Nutrição com tese em nutrição vegetariana, ativista pelos direitos animais, e o texto esta tão bom que peço licença ao Sérgio para colocá-lo na integra aqui no meu blog! ilustrado por fotos de cães SRD.
É bastante
comum que na busca pela companhia de animais utilizemos critérios raciais como
determinante de escolha. Isso não acontece à toa, vamos à livraria para
pesquisar sobre cães e os livros nos dizem qual raça é boa para apartamento,
qual raça é boa para se ter com crianças, qual raça fornece bons cães de guarda
. . . Os pacotes de rações para cães trazem sempre imagens de rottweilers,
labradores, cocker spaniels ou dachshunds, sempre cães de raça; igualmente as
propagandas de produtos voltados para esse mercado ou que utilizam cães apesar
do produto não estar relacionado.
Há,
portanto, um apelo para que "consumamos" cães de raça e para que, por
outro lado, desprezemos cães que não sejam de raça. É verdade que esse
"estigma do cão vira-lata" esteja menos forte atualmente do que
estava 15-20 anos atrás, mas ele ainda persiste.
Por outro
lado, tendemos a considerar errado julgar as pessoas por sua raça. Pessoas
normais não escolhem, por exemplo, ter amigos brancos ou japoneses e desprezam
possíveis amigos negros ou índios, apenas com base em critérios raciais.
Tampouco não vemos com bons olhos publicações que tentam associar determinadas
raças humanas com determinados padrões de comportamento. E mesmo que possamos
definir com certa precisão nossa linhagem ancestral, não é de bom tom
sustentarmos isso como indício de superioridade ou em conotação de pureza. E se
isso não é bom ou certo no caso de seres humanos, também não o é em relação aos
cães e outros animais.
O que são
cães de raça?
Como no
caso das raças humanas, não há uma sustentação científica para o conceito de
raças caninas. Todos os cães pertencem à espécie Canis familiaris (ou mais
recentemente Canis lupus familiaris) e descendem de lobos cinzentos (Canis
lupus), que foram domesticados provavelmente há 100 mil anos. Cães são,
portanto, uma subespécie de lobos cinzentos.
Do lobo
para o cão há uma grande diferença, mas 100 mil anos de seleção artificial
foram suficientes para que o ser humano desenvolvesse milhares de variedades de
cães. Os primeiros critérios adotados pelo ser humano para a seleção de animais
de companhia foram sua mansidão. Lobos muito agressivos eram difíceis de
manter; por outro lado, animais mais mansos eram preteridos.
O
geneticista russo Dmitri Belyaev observou, quando da domesticação de raposas,
que após algumas gerações de procriação seletiva os animais se tornavam mais
mansos e desenvolviam comportamentos característicos de cães domésticos que não
eram expressos em raposas silvestres. Mais do que isso, algumas gerações após a
domesticação esses animais passavam a apresentar orelhas moles, focinhos mais
curtos, padrões distintos de pelagem e cauda erguida. Possivelmente, os genes
que regulam essas características são, tanto o lobo quanto na raposa, ligados
aos genes que conferem aos animais maior mansidão.
Podemos
entender, por esse estudo de Belayev conduzido em poucas gerações, o que
milhões de gerações fizeram ao lobo, possibilitando o surgimento de variedades
de descendentes tão distintos quanto um chiwawa ou um dogue alemão. E ainda
assim, todos cães domésticos.
No
entanto, quando consideramos geneticamente, o conceito de raças caninas não faz
sentido. O que existe sim são grupos de animais cruzados seguidamente entre si
para expressar determinadas características que lhes confere visível
semelhança, e algumas vezes a propensão a determinada índole. Mas é só.
Exceto por
uma acentuada aparência externa, nada distingue uma raça canina de outra.
Existem, obviamente, linhagens que são maiores e linhagens que são menores,
linhagens mais agitadas e menos agitadas, linhagens que se morderem alguém
causarão um estrago maior do que outras, até por sua força física . . . mas
todas essas características podem ser encontradas também em cães chamados
"sem raça definida" - SRD.
Uma pessoa
que busca simplesmente um companheiro canino não precisa adquirir um guia de
raças que garante que tal linhagem expressa determinado comportamento, não
precisa ir a um canil adquirir um cão com pedigree por um preço que pode variam
de R$ 200 a R$ 2.000, até porque amigos não se compram.
O que
determina que cães são de raça?
O que
determina que certo cão pertence a certa raça, que um segundo cão pertence a
uma raça diferente e que um terceiro cão pertence a um grupo sem raça definida
é um critério absolutamente artificial. Cães não se reconhecem a si mesmos como
pertencentes a raças distintas, como ocorre no caso de raças surgidas de
maneira natural. Mas se não é algo natural, de que forma os critérios raciais
surgiram para cães?
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Porque você quer um cachorro??
Pra começar
podemos pensar se queremos mesmo um cachorro ou um gato, pois adotar, ou (infelizmente)
comprar não é uma situação imposta pela vida, como ter um filho (na maioria das
vezes a gravidez humana não é planejada). Em se tratando de animais não humanos
podemos pensar e resolver não ter!
Mas a
maioria das pessoas não pensa antes! Acaba por adotar e mais frequentemente
comprar, por impulso, assim como fazem com aquele sapato ou camisa que
compraram e nem usam, simples – eu vi na vitrine e comprei.
Estas
pessoas devolvem ao primeiro problema, passam adiante, abandonam no meio da rua
ou abandonam no próprio quintal/apartamento.
Porque ele
late, ele cresceu demais, ele faz muito xixi, eu vou me mudar para um apartamento,
eu vou ter um bebe, eu vou me casar, eu me separei!
É meio difícil
de acreditar, mas muitas pessoas não sabem que estas coisinhas peludas, comem,
fazem coco, xixi, crescem, adoecem e vivem na média 15 anos.
Tem muito
ser humano que quer ter um cão ou gato porque:
- Meu amigo tem (e eu tenho inveja dele)
- A apresentadora da TV tem (e eu queria ser ela!)
- Eu queria dar para as minhas crianças (animais não são brinquedos!)
- É bonitinho (se ficar feio eu abandono)
- Para fazer companhia (nas 4 horas em que fico em casa nas outras 20 horas o cachorro é que vai ficar sozinho no apartamento!)
Por isto
eu pergunto a você: Porque você quer ter um cão (ou gato)??
Se decidir mesmo ter, por favor não compre, adote
E pense muito bem antes, reflita, considere, isto se chama adoção consciente e é o primeiro passo da guarda responsável.
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